Pular para o conteúdo principal

Pesquisa IBOPE é confiável ?

Após 60 anos de vida, pela primeira vez, fui entrevistado por um indivíduo treinado pelo INSTITUTO BRASILEIRO DE OPINIÃO PÚBLICA E ESTATÍSTICA - IBOPE.

Em sessenta anos, nunca fui parado por estes profissionais, para dar a minha opinião. Está certo que eles selecionam apenas 2500 pessoas, de várias classes sociais, entre 209 milhões de brasileiros (0,0012%), ou seja, uma parcela ínfima da população brasileira.

Cabe ressaltar que NUNCA fui entrevistado por alguém do Instituto Datafolha e, no dia em que for, me recusarei a responder, pois após os episódios das últimas 12 eleições (municipais, estaduais e federais), pude constatar a parcialidade quase criminosa deste Instituto.

As perguntas

Na pesquisa que fizeram comigo, perguntaram a minha idade, o que fazia (provavelmente para me lançar em alguma categoria das existentes), a minha faixa de renda e se morava no local onde o pesquisador estava atuando.

A primeira pergunta foi se eu tinha votado na última eleição (2018). Perguntei o que aconteceria se tivesse dito não, e ele informou que eu não entraria na pesquisa. Por quê ? Pelas próximas perguntas, veremos que ela se dirige mais para assuntos sócio-econômicos. Ou só a eleição interessa ? A justificativa dada é que as abstenções vem crescendo. Só que eu votar nesta eleição não determina que votarei na próxima obrigatoriamente.

Me perguntaram se eu tinha algum parente desempregado em casa. Ora, sendo eu aposentado e na faixa dos sessenta anos, uma das únicas possibilidades seria ter um filho solteirão ou separado vivendo conosco, na faixa dos 30 a 40 e poucos anos. Desta forma, eu e uma provável esposa poderíamos mantê-lo, e o termo DESEMPREGADO não teria a conotação esperada de PESO PARA A SOCIEDADE, que é a conotação procurada por estas pesquisas, que visam o cálculo de indicadores da vida sócio-econômica do país, para providências governamentais adequadas.

Perguntaram, em seguida, se alguém ficou desempregado, em minha casa, nos últimos 12 meses.  Esta pergunta comentarei depois.

Perguntaram também se, nos últimos dois anos, minha vida piorou, ficou na mesma ou melhorou. Com este prazo de 2 anos, compreendi, claramente, a referência ao período do governo Temer. Depois desta pergunta perdi o ânimo de responder ao resto, pois vi claramente as intenções subliminares daquele levantamento. 

Alguém ficou desempregado em sua casa nos últimos 12 meses

O prazo de 12 meses é apenas um eufemismo. Se o Instituto tivesse coragem, perguntaria:

"Alguém ficou desempregado, na sua casa, depois que o presidente Bolsonaro entrou ?"

Parece que todo mundo tem medo desse homem. Nos governos anteriores não vi preocupação com isto, mas vi meus colegas professores ficando desempregados, como muitos hoje estão. Meu maior amigo, professor de História e Geografia, tem dado aulas particulares nos últimos 8 anos, e tem sobrevivido, pois a esposa trabalha, e os filhos ajudam. Foi despedido da escola particular em que trabalhava, e depois ficou sabendo que foi substituído por um professor mais jovem, que ganha um salário menor.

Ou seja, as escolas particulares já sofriam de um êxodo de alunos, já desde 2012. A crise não é de agora.

Uma série de contextos, nos últimos 12 anos, podem ter provocado desemprego. Muitos colegas, que antes davam aulas, entraram de sócios em restaurantes, estão dirigindo UBER, foram para Portugal, Canadá ou Austrália.

Portanto, quando se pergunta sobre desemprego, é preciso ouvir a história individual de quem está respondendo.

Sobre quem eu votaria na próxima eleição, a pergunta não foi direta. A pergunta foi na base do:

"Em relação a cada candidato, qual a frase que melhor definiria a sua tendência em relação ao voto".

"Não votaria de jeito nenhum", "não conheço o suficiente", "com certeza votaria nele".

Me perdoem, mas isto não tem base técnica e nem humana. Em determinado momento, com algum fato recente, você pode até dizer que não votaria de jeito nenhum, mas depois, analisando com mais calma, muda o voto. Não dou respaldo, não justifico e nem apoiop pesquisas deste jeito.

Por que não existe uma pergunta final do tipo:

"Você achou esta pesquisa bem concebida ?"

Sim, é preciso perguntar isso, pois a tendenciosidade e a intenção de enganar o eleitor é clara.

Minha conclusão

Percebe-se claramente o tom político das pesquisas brasileiras, muito coerente com o tipo de política mentirosa que os ocupantes de cargos públicos seguem e praticam.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Fernando Haddad e o Socialismo

Em apoio ao eleitor que quer verdadeira e honestamente escolher o melhor candidato, resolvi escrever um adendo ao texto sobre escolha de candidato para a eleição presidencial de 2018. Nosso povo pede saúde e educação, mas menospreza a cultura, ligada à educação. E existe algo muito grave envolvido na escolha dos candidatos que até um professor poderia esquecer: "a ideologia política e as teses sociais do candidato" Escola de Frankfurt Pergunto ao eleitor se já ouviu falar disto. Serei rápido e objetivo, pois o momento isto exige. Confira na Internet. Os alemães são o povo de raciocínio e pensamento mais dinâmico de que se tem notícia, depois dos Israelenses. Aprecie a lista de físicos, filósofos e gênios da música que nasceram na Alemanha: Albert Einstein Max Planck Leibnitz Kant Karl Marx Hegel Werner Von Braun Werner Heisenberg Mendelsohn Beethoven Brahms Richard Wagner Johann Sebastian Bach Em 1924, foi criada a Escola de Frankfurt para reunir

Direitos e pensões de filhas de serventuários da Justiça

Muito ouvi hoje sobre a pensão de Maitê Proença, atriz, pelo fato de ser filha de um Procurador de Justiça aposentado e já falecido. Esta pensão é de R$ 13 mil. Se fosse filha de desembargador, teria direito a R$ 43 mil. O nosso povo gosta muito de ter "garantias" de sustento. Você aí que está lendo, se pudesse, reivindicaria um privilégio destes, não ? Fala a verdade. Faça um exame de consciência. Com a cogitação do nome de Maitê Proença, atriz global, para o Ministério do Meio Ambiente, proposto por um grupo de ambientalistas, economistas e pesquisadores, os ânimos logo se acirraram, e os anti-Bolsonaro se lançaram à pesquisa sobre este nome, para ver se achavam alguma falta, pecado ou crime. Acharam a Pensão que ela recebe pela morte do pai, Procurador de Justiça. O usufruto deste direito lhe cabe pelo fato de a Lei anterior sobre pensão de filhos de serventuários da Justiça rezar sobre a sua natureza VITALÍCIA (para toda a vida). Direitos adquiridos são direitos a

Na escola com Partido

Eu já poderia me aposentar, mas o trabalho como professor me apaixona em demasia. E sou mais estimulado quando vejo a verdadeira invasão de professores militantes, que não perdem uma chance,no meio da aula, de dar pitaco de política sobre seus alunos influenciáveis. Deu Azar Um destes professores militantes, no curso de psicologia, na aula de Filosofia, acabou por esgotar a paciência de um aluno, pois todo dia dedicava 10 minutos de aula (1/5) a criticar o governo Bolsonaro, Ele pediu a palavra ao professor, e como estes tem que se mostrar democráticos, ele permitiu a intervenção do aluno: "Olha, professor, eu tinha tudo para ser seu simpatizante. Nasci pobre, e meu pai morreu quanto eu tinha 2 anos. Fui adotado por um senhor mais velho ainda que meu pai, que me ensinou bons valores, como trabalhar para me sustentar, e não me contaminar com o pensamento geral da carteira assinada e dos benefícios. Ele era simpatizante da essência das ideias de Karl Marx, mas me ensinou que